O que é Melasma?
O melasma é uma condição crônica de hiperpigmentação cutânea, caracterizada por manchas escurecidas que surgem principalmente no rosto – como nas bochechas, testa, buço e queixo. Em alguns casos, também pode acometer áreas expostas ao sol, como o pescoço e os braços.
Essa alteração ocorre devido ao aumento da produção de melanina, o pigmento natural da pele, pelos melanócitos. Fatores hormonais, predisposição genética e exposição à radiação ultravioleta ou infravermelha são os principais desencadeadores. Embora não seja perigoso, o melasma pode afetar significativamente a autoestima e o bem-estar, sendo mais comum em mulheres entre 20 e 50 anos.
Classificação do Melasma: Tipos Mais Comuns
O melasma é classificado de acordo com a profundidade onde o pigmento se acumula:
- Epidérmico: O excesso de melanina se concentra na epiderme (camada superficial da pele). As manchas têm coloração marrom-escura e bordas bem demarcadas. É o tipo que melhor responde ao tratamento.
- Dérmico: O pigmento se aloja na derme (camada mais profunda). As manchas costumam ter tonalidade mais clara ou acinzentada e limites indefinidos, tornando-se mais resistentes aos tratamentos.
- Misto: É a forma mais frequente, combinando características dos dois anteriores. A resposta ao tratamento é intermediária.
- Cloasma gravídico: Variante que aparece durante a gestação devido a alterações hormonais, podendo regredir após o parto.
Fases do Melasma
Embora a literatura médica nem sempre adote uma divisão rígida por fases, é possível identificar estágios com base na profundidade da pigmentação e resposta ao tratamento:
- Fase inicial (epidérmica): O pigmento está mais superficial, e os tratamentos tendem a apresentar melhores resultados.
- Fase intermediária (mista): Presença de pigmento em várias camadas da pele, exigindo terapias combinadas.
- Fase avançada (dérmica): O pigmento está mais profundo, tornando o clareamento mais desafiador e prolongado.
É importante destacar que o melasma pode apresentar recidivas e agravamentos com o tempo, especialmente após exposição solar intensa ou alterações hormonais.
Como Reconhecer o Melasma
O diagnóstico é feito por dermatologistas com base em:
- Aparência das manchas: Normalmente são simétricas, sem sintomas como coceira ou ardor, e têm cor variando do marrom ao acinzentado.
- Localização: Predominância no rosto, mas também pode afetar áreas como colo e braços.
- Exames complementares: Lâmpada de Wood e dermatoscopia ajudam a identificar a profundidade do pigmento (epidérmico, dérmico ou misto).
- Histórico do paciente: Considera-se fatores como exposição solar, uso de contraceptivos, gestação, predisposição genética e histórico familiar.
É essencial diferenciar o melasma de outras hiperpigmentações, como manchas pós-inflamatórias e lentigos solares.
Primeiros Cuidados Após o Diagnóstico
Se você identificou manchas suspeitas, siga estes passos:
- Consulte um dermatologista para confirmação do diagnóstico e orientação terapêutica adequada.
- Inicie proteção solar rigorosa, com filtro solar de amplo espectro (UVA, UVB e luz visível), preferencialmente com pigmentos minerais (óxido de zinco, dióxido de titânio e iron oxides).
- Evite exposição solar direta e utilize barreiras físicas como chapéus, óculos escuros e roupas com proteção UV.
- Adote uma rotina de cuidados suaves, evitando produtos irritantes ou clareadores sem prescrição.
- Registre a evolução com fotos, comparando periodicamente os resultados do tratamento.
Tratamentos Disponíveis
- Tópicos (uso direto na pele)
- Hidroquinona: Disponível em concentrações de 2% (OTC) e 4% (com receita), inibe a enzima tirosinase, mas requer uso controlado para evitar efeitos adversos como ocronose.
- Tretinoína: Um retinoide que acelera a renovação celular. Frequentemente usada em fórmulas combinadas.
- Ácido azelaico (20%): Seguro, eficaz, inclusive na gestação, mas seu uso cosmético é regulamentado no Brasil, sendo necessário prescrição.
- Ácido tranexâmico: Pode ser usado via tópica ou oral. Atua reduzindo a síntese de melanina.
- Outros ativos clareadores: Niacinamida, ácido kójico, alfa-arbutina, vitamina C e cisteamina (5%) apresentam boa tolerância e efeito cumulativo.
2. Procedimentos Dermatológicos
- Peelings químicos: Utilizam ácidos como glicólico, lático ou TCA para promover a renovação celular.
- Laser e Luz Intensa Pulsada (LIP): Lasers como o Nd:YAG 1064 nm podem ser eficazes, mas exigem indicação médica precisa devido ao risco de agravamento.
- Microdermoabrasão e técnicas associadas: Devem ser conduzidas por profissionais qualificados.
3. Tratamentos Sistêmicos (orais e suplementos)
- Ácido tranexâmico oral: Mostra bons resultados, mas é contraindicado em casos de risco de trombose.
- Suplementos antioxidantes: Combinações de procianidinas e vitaminas (A, C, E), além de compostos como Polypodium leucotomos, melatonina e carotenoides, são estudadas com resultados promissores.
Produtos com Ativos Clareadores Vendidos na Amazon
Abaixo estão sugestões de produtos com ingredientes reconhecidos para auxiliar no tratamento do melasma:
- PCA SKIN Pigment Bar: Sabonete facial com ácido kójico, azelaico e niacinamida – ideal para limpeza diária.
- SkinCeuticals Discoloration Defense: Sérum com ácido tranexâmico, niacinamida e ácido kójico – indicado para manchas persistentes.
- SkinCeuticals Phyto A+ Brightening: Hidratante leve com alfa-arbutina e ácido azelaico.
- The Ordinary Azelaic Acid 10%: Opção acessível e eficaz com boa concentração do ativo.
- La Roche‑Posay Retinol B3 Serum: Combina retinol, niacinamida e ácido hialurônico para clareamento e uniformização da pele.
⚠️ Produtos genéricos com rótulo “Melasma Cream” podem conter ativos úteis, mas sempre verifique a formulação, procedência e compatibilidade com seu tipo de pele.
Esquema de Tratamento Integrado
Etapa | Ação |
Diagnóstico | Avaliação dermatológica + lâmpada de Wood |
Proteção Solar | Filtro mineral FPS ≥ 30 (ideal FPS 50), reaplicação a cada 2–3 horas |
Limpeza | Sabonetes com azelaico, niacinamida ou kójico |
Tratamento Tópico | Séruns/cremes com hidroquinona, tranexâmico, azelaico ou retinol |
Procedimentos | Peelings, laser Nd:YAG, microabrasão (com supervisão médica) |
Suplementos | Tranexâmico oral, antioxidantes com vitaminas e extratos naturais |
Manutenção | Cuidados constantes, reaplicação solar e controle de gatilhos hormonais |
Conclusão
O melasma é uma condição recorrente, sem cura definitiva, mas com alto potencial de controle. A chave está na combinação de terapias tópicas, cuidados diários com proteção solar e, quando indicado, tratamentos em consultório. O acompanhamento dermatológico é fundamental, especialmente para tratamentos mais agressivos.
Produtos específicos, como os citados da Amazon, podem integrar uma rotina eficaz, desde que utilizados com orientação médica e alinhados ao tipo de pele do paciente.